Cão é estuprado e morto no conjunto do Minha Casa Minha Vida em Caeté

 

A Polícia Civil de Caeté está investigando denúncia feita pela Sociedade Galdina Protetora dos Animais e da Natureza (SGPAN), de Caeté, sobre o caso de um cão que foi estuprado e morreu um dia depois por causa das agressões. O fato aconteceu semana passada nas proximidades do Condomínio Hibisco, do Minha Casa Minha Vida, em Caeté. Policiais estiveram no condomínio na tarde da última terça-feira, 25 de setembro, e conversaram com alguns moradores para apurar o caso. Gilberto Correia, um dos investigadores que estiveram no local, disse que localizou o corpo do cachorro e que as lesões que viu foram por causa de estupro.

 

O delegado Bruno Affonso ficou assustado ao ver as fotos feitas por voluntários da ong. “Estamos trabalhando para identificar o autor da agressão”, afirmou o delegado, ao lembrar do caso de uma pessoa que matou um cachorro a pauladas e foi flagrado quando tentava enterrar o animal recém morto. “Autuei o criminoso no art. 32, § 2º, da lei nº 9.605/98, cuja pena pode chegar a um ano e quatro meses de detenção, além de multa”, afirmou.

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Sobre o caso do Conjunto Hibisco o delegado informou que vai tentar reunir indícios de autoria através de testemunhas que resolverem colaborar. A denúncia anônima, através do 181, também está a disposição para aqueles que preferirem não se identificar. Diante da ocorrência de casos semelhantes, as pessoas devem chamar imediatamente a Polícia através do 190.

 

O caso

 

Voluntários da ong conversaram com moradores da região que relataram que, na noite do dia 19 de setembro, ouviram vários gritos de um cão por volta da meia-noite. Na manhã seguinte, o cachorro foi visto vivo em frente ao condomínio, com as pernas quebradas, rastejando, trêmulo, muito sujo de sangue e visivelmente ferido no ânus.

 

Uma pessoa que não quis se identificar disse que, pelos gritos e pelo tempo que o cão ficou gritando, ele foi agredido sexualmente. “Todo mundo escutou os gritos, ele gritou por muito tempo”, disse. Outra pessoa, que também não quis se identificar, telefonou para o Setor de Zoonoses da Prefeitura na quinta-feira, relatou todo o caso e pediu o resgate e prestação de socorro veterinário ao cão. “A pessoa que atendeu disse para colocar o animal para fora mas não apareceram”, afirmou. O cão amanheceu vivo na sexta mas à tarde, quando voluntários da ong ficaram sabendo do caso e foram até o local, ele já estava morto. A SGPAN registrou boletim de ocorrência na Polícia de Caeté e seus voluntários relatam que nunca ouviram falar de caso parecido na cidade.