SGPAN aciona Ministério Público contra provas de rodeio

 

A Sociedade Galdina Protetora dos Animais e da Natureza (SGPAN) protocolou no Ministério Público uma representação pedindo a proibição, durante o evento previsto para acontecer entre 30 de maio a 2 de junho, do uso de "qualquer instrumento que imponha dor e sofrimento e que possa ferir os animais, como sedéns de qualquer espécie, esporas de qualquer tipo, além da proibição da estrutura de confinamento dos animais”.

 

“Somos a favor dos shows musicais e defendemos a apresentação dos artistas programados, mas somos contra provas de rodeio que provocam tortura e dor nos animais”, diz Jussara Carvalho, presidente da SGPAN. O documento da ONG diz que em muitas cidades onde o rodeio foi proibido, como Ribeirão Preto, em São Paulo, os shows aconteceram normalmente. “A maioria das pessoas vai nessas festas por causa dos shows, e não por causa do espetáculo de tortura com os animais", destacou.

 

O pedido da SGPAN ao Ministério Público se baseou no artigo 225, parágrafo VII da Constituição, que diz que o poder público deve proteger a fauna e a flora, vedando as práticas que submetam os animais a crueldade. De acordo com o documento, há um estudo da Universidade de São Paulo (USP) que comprovou, por meio dos sinais fisiológicos e do comportamento dos animais em rodeios, que eles sentem dor ao usar a tira amarrada na virilha, denominada sedém, mesmo quando tais sensações não vêm acompanhadas por ferimentos visíveis, conforme matéria do Portal UOL de 27/8/09.